terça-feira, 2 de agosto de 2011

Tears

Para mim, hoje foi o dia mais difícil que passei desde que cheguei à Índia. Já passei por muito aqui. Desde falta de água, luz, ar condicionado… até internet. Mas hoje foi o dia em que me senti mais devastada. Um dos estagiários da AIESEC, voltou hoje para casa e custou-me bastante pois tornou-se um grande amigo. Vê-lo partir para longe, Egipto, deixa-me bastante triste. Bem sei que a próxima aventura irá ser ir ao Egipto. Agora não tenho a menor dúvida. Sempre quis lá ir e agora ainda tenho mais vontade de descobrir tal país. O país de uma pessoa que aguentou acordar com almofadas na cara, com luzes de lanterna nos olhos, que provou nutella com a cara...que aguentou as brincadeiras desta portuguesa.
Chegámos ambos à conclusão que apesar de sermos de diferentes países, somos iguais. Por vezes até nos esquecíamos que há mesa estava uma portuguesa e um egípcio. Simplesmente somos de locais espaciais diferentes, coisa que não faz de nós necessariamente diferentes.
Nunca pensei que podia vir a estabelecer laços tão fortes com alguém de um país e cultura tão diferentes em tão pouco tempo. Chorei bastante quando o vi partir. É menos um mosqueteiro nesta casa. Por sorte fiquei com um papiros onde o mesmo escreveu uma dedicatória, que apenas li depois de ganhar coragem para tal. Tenho também na minha bandeira uma dedicatória do mesmo.
Espero voltar a vê-lo em breve. Combinámos que irei passar próximo verão na sua casa no Cairo.
Na vida não há nada pior do que ver alguém partir.
Irei partir da Índia este mês, dia 22. E também eu terei de ser forte no adeus. Deixar este buraco a que não faz sentido chamar casa, os meus companheiros (ahmed, alondra, sylvia, roman), esta cidade frenética à qual já me habituei…partir sempre de cabeça erguida. Pois no fundo tudo na vida é efémero.
"Some people come into our lives and quickly go. Some stay for awhile and leave footprints on our hearts. And we are never, ever the same."

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