Caos

Gosto do caos. É sinal de mudança...

Boas e Más coisas têm acontecido.

As más é que as minhas notas não estão como eu quero. Sei que consigo fazer muito melhor mas a falta de tempo foi um problema. Não vai ser mais um problema pois não me renovaram o contrato na Decathlon. Por isso já tenho mais tempo livre. Ter tempo livre é uma boa noticia. Perder o trabalho não. Isto porque estava a juntar dinheiro para ir estudar para Nottingham. Mas tenho tempo para arranjar outro...por agora vou aproveitar o tempo para salvar as minhas notas e o meu projecto na AIESEC que pouco avançou por não ter tempo para ir a reuniões. Confesso que vou ter saudades dos meus colegas de trabalho. Acho que o que me deixou mais triste nem foi o dinheiro em si, mas o deixar aquelas pessoas. Umas melhores que outras. Mas no fundo até as piores deixam a sua saudade. 

Tenho de começar a habituar-me às despedidas....porque daqui a uns meses lá vou eu.

Boas noticias, o meu pai está a recuperar bem. Isso é que é importante!

Já tenho o contrato do senhorio da casa em Nottingham!!! As minhas aulas começam em Outubro por isso vou pedir-lhe para contar comigo só em finais de Setembro para poder ter a oportunidade de praxar com os caloiros deste ano. Caloiros esses, que se tornaram grandes amigos meus.

Já recebi um email da minha nova faculdade para começar a tratar da papelada. Já dei uma olhadela nas disciplinas e adorei!!!

Já agora convido-vos a ler a entrevista que o serviço de apoio ao aluno da minha faculdade fez sobre a minha experiência de voluntariado quer em Portugal quer lá fora (Índia) . Foi publicada na Newsletter do voluntariado da universidade. A coordenadora de onde faço voluntariado colocou também a minha entrevista no nosso blog de apoio aos estudantes internacionais.

Aqui deixo os links e um pedaço da entrevista.

http://www.fl.ul.pt/images/stories/Documentos/AdminServicos/SAA/Newsletter_PV-FLUL_-_Abril_2012.pdf 

http://m4is-flul.blogspot.pt/2012/04/hey-everyone-ola-todos-nossa-voluntaria.html

Real Life

Há algum tempo que não escrevo. Tenho estado bastante ocupada.

Ontem, por exemplo, tive 3 reuniões e uma palestra na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.

Fui promover os estágios de voluntariado aos estudantes de medicina. Gostei de poder ter a oportunidade de influenciar mais vidas. Espero que me tenham dado ouvidos.

Numa das reuniões que tive, foi sobre o meu projecto na AIESEC. Digamos que terei de fazer, dentro de um mês, umas 30 reuniões e 40 telefonemas. Para conseguir tudo o que preciso para o projecto dar certo...o problema é a minha falta de tempo, pois trabalho. Começo a ficar com alguma pressão em cima pois sou a coordenadora do projecto (Team Leader). 

Já encontrei casa em Nottingham. É uma vivenda apenas habitada por raparigas e bastante perto da minha faculdade. O preço é super super acessível e vem com tudo incluído. Foi o maior achado de sempre. Já entrei em contacto com o senhorio e em principio, se ele não me falhar, está tudo ok.

No meio disto tudo, de toda esta luta pelos meus sonhos, há sempre coisas que abafo. Mas hoje decidi partilhar algo mais privado pois quero mostrar-vos que apesar de andar a conseguir o que quero isto não é assim tão fácil como parece. O meu pai está no hospital. Foi operado ao fígado e continua nos cuidados intensivos. Há dias o coração dele parou e tiveram de o reanimar mas felizmente ele já está estável. E no meio desta luta pelos meus sonhos há coisas que eu não consigo controlar. No meio desta correria para atingir os meus objectivos o meu pai descansa numa cama de hospital.

É um blog de sonhos, de conquistas, mas com muitas outras lutas por trás.

Com isto apenas quero transmitir que por mais difíceis que as coisas se tornem, há que acreditar e continuar a batalhar. Tudo o que fiz até hoje foi minado de coisas difíceis que fui abafando, mas se quero que alguém se inspire e faça algo tenho de ser honesta e mostrar que se calhar isto ainda é mais difícil do que parece. Ainda assim tenho conseguido o que quero. Por isso...os outros também vão conseguir.

Haja saúde. É a única coisa que eu peço.