terça-feira, 25 de outubro de 2011

Sunshine

Há dias em que de facto vamos um pouco mais a baixo. É normal. 
Tenho reparado que todos nós temos os nossos problemas. Parece óbvio, mas às vezes existem pessoas que jamais diríamos que  estavam a ultrapassar uma fase difícil ou que têm razão para ter algum problema na vida. Mas todos, uns mais do que outros, os têm. E talvez seja por esta estranha forma de conforto, por saber que não estou sozinha, que não me importo de ir tendo os meus. 
Não tenho um ambiente familiar fácil.  Nunca tive. E nunca o escondi mas também nunca falei muito sobre isso. Hoje faz sentido falar, porque hoje percebi que não sou coitada nenhuma, aliás pelo contrário.
Noto que o mundo cai à minha volta e eu tremo, mas nunca caio. E o truque é continuar focada no que realmente importa. 
Conclusão:
- Tenho mais uma editora interessada em publicar o meu blogue em livro;
- Já tenho o contrato de outra editora para assinar (não vou aceitar ainda por não ter o dinheiro suficiente);
- Já estou em contacto com estações televisivas (RTP, SIC e TVI) para ter tempo de antena para falar da minha experiencia na Índia e desejo de publicar o meu blogue em livro. Pois soube que uma editora, cujo nome não direi porque seria demasiado mau para a mesma, apenas quer publicar coisas de famosos. Ora, se é fama que eles querem. É fama que eu lhes vou dar.

Tenho mandado e mails para algumas embaixadas para saber se existe algum pacto com aquele pais para estudantes portugueses - (Mestrado). Tenho tido respostas interessantes. É bom saber que ainda há gente aberta a falar, partilhar e esclarecer sem qualquer grau de superioridade na conversa.

Enviei esta semana e mails para alguns professores meus quer do secundário e universitário, para lhes contar as novidades e é de facto gratificante ler elogios vindos de gente que admiro bastante.

As coisas têm andado. Esteja o mundo a ruir ou não, tenho feito de tudo para não parar.
E sonho, sonho, sonho...
E caminho, procuro, invento...
Sorrio, choro, planeio...
Vivo, penso e não desisto.
Não desisto.
A smile is a curve that sets everything straight. 
Phyllis Diller

domingo, 23 de outubro de 2011

Pouco de tudo

Ontem fez 2 meses desde a minha chegada a Portugal.
Saudade. A única palavra que poderei usar para descrever este dia.

Nestas semanas tenho desfrutado da vida académica. Tive o privilégio de ser madrinha de dois brilhantes caloiros de Artes do Espectáculo. Cada um com o seu feitio e personalidade, mas sem duvida dos melhores caloiros do nosso arsenal.
Foi bom sentir a tradição, que sendo julgada ou não, na minha opinião vale a pena. Aqui não se trata de fazer figuras, porque há tanta gente que as faz tão piores e ninguém as julga. Trata-se de criar laços. Comparo um pouco com as minhas aulas de teatro onde fazíamos jogos para nos sentirmos mais à vontade uns com uns outros. Fazia andares e vozes estranhas, dizia coisas sem sentido...e no fim estava à vontade no meio de todos.   Podíamos começar finalmente a ensaiar. E a praxe, na minha subcomissão, é assim. Não se trata de denegrir ou de ter o vislumbre de poder, mas sim de "brincar". De os fazer sentirem-se quase como irmãos e com um orgulho em tudo aquilo que representamos. E a prova disso é as excelentes amizades que tenho feito este ano. Grande parte delas com caloiros. Por isso não me importo de dar a cara pela praxe. Pela minha praxe.

O projecto da AIESEC está on the way. Já arranjei quem desse um workshop de pedagogia aos estagiários. A minha professora de psicologia do secundário aceitou o convite! Agora só me falta que o meu professor de TIC II do ano passado aceite o convite de dar uma palestra sobre técnicas de apresentação! 
Ah e arranjar alguém que saiba algo sobre marketing de guerrilha!

Apesar de ter tanto que fazer, sinto que preciso de fazer mais alguma coisa. Não sei o quê...
Talvez procurar trabalho já que ainda não arranjei nenhum!

Lembro-me da única vez que tive um ataque de sonambulismo. Tinha talvez uns 8 anos. Fui direita à janela, para a abrir e possivelmente saltar. Até que a minha irmã chega e me pergunta o que estava a fazer, ao que eu respondo: "Vou salvar as pessoas".

Acho que é isto que eu preciso fazer. "Salvar pessoas". Do something relevant. Estou lutando pela minha formação para poder ser influente no futuro mas de facto preciso de sentir-me ainda mais útil.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Luz

Boas coisas têm acontecido nestes dias. 
Tenho tentado entrar em contacto com editoras para publicar o meu blogue em livro. 
Este blogue mudou a minha vida e a daqueles que o seguiam e quero poder chegar a mais gente. 
Em 3 emails obtive uma resposta positiva. Felizmente não fico por aqui, pois a vida cruza-nos sempre com as pessoas certas na altura certa e actualmente tenho mais 15 editoras a quem propor a minha obra e uma fonte numa editora que me poderá esclarecer, e quem sabe ajudar. 
Vamos ver como as coisas correm. 

Não me renovaram o contrato na Pans pois a crise chega a todo o lado e por isso foi a minha vez de ficar sem trabalho. Tenho de arranjar outro pois não posso perder nem mais um mês de vencimento. Todos os cêntimos contam para a minha missão de juntar dinheiro para ir estudar para Inglaterra no próximo ano. 

Continuo cheia de trabalho. Reuni com o meu Team Leader da AIESEC e fiquei de me informar sobre um curso intensivo de português, workshops de pedagogia e técnicas de apresentação para os 6 egípcios que virão da Universidade do Cairo (a mesma do meu amigo Ahmed) e que vão trabalhar em escolas. 
Vai ser um desafio interessante. Sou novata nisto mas não há que temer. 

Com tanta coisa para fazer, criei um Dossier com as pastas “FLUL” (faculdade), “AIESEC” e “URECI” (Unidade de Relações Externas da Faculdade), com as respectivas tarefas e documentos. Bem como um Gmail. Realmente ajuda bastante. Tenho o péssimo defeito de ser esquecida e com tanta coisa para fazer, não quero deixar nada para trás. O meu quarto virou definitivamente um escritório. 

Ainda assim, não me esqueci que só tenho 19 anos. Felizmente ainda tenho algum tempo livre para desfrutar da minha jovialidade. Mal de mim se não tivesse. 
Considero-me feliz. Ocupada, mas realizada. Estou fazendo coisas que merecem o meu tempo e dedicação. Todo o resto…é resto.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Correria

O stress tem sido muito ultimamente. Ser estudante de 2º ano, membro da AIESEC, Voluntária na Unidade de Relações Externas da Faculdade, trabalhadora na Pans&Company aos fins de semana e ainda ter tempo para ir às praxes, é muito para uma pessoa só. Mas de facto tenho conseguido gerir tudo. Estou de rastos. Passo as noites a planear o meu horário semanal, a escrevinhar folhas A4 com coisas para não me esquecer de fazer...tem sido uma loucura.

Tenho actualmente 23 estudantes internacionais a meu cargo. 10 brasileiros, 7 ingleses, 2 turcos, 1 francês, belga e italiano. Serei a mentor dos mesmos. Cabe-me ajuda-los com qualquer duvida relacionada com a faculdade e até alojamento. Vai dar-me algum trabalho, mas é algo que me fascina imenso. Principalmente porque no 2º semestre irão chegar 2 raparigas da universidade que quero ir de Erasmus, Nothingham. 
Faço também uma Agenda Cultural para os estudantes internacionais de 15 em 15 dias.

Esta semana vou ter uma reunião com o meu team leader da AIESEC. Já me enviou o projecto "YAh (Youth Ahead)" e parece-me bastante interessante. Basicamente iremos receber estagiários internacionais para trabalhar em escolas de crianças carenciadas na temática ambiental, de modo a desenvolver o seu estado alerta para com o ambiente que os rodeia. Haverá também várias parcerias, uma delas será com empresas ambientais que irão lançar um desafio quinzenalmente. Isto exigirá telefonemas a empresas, reuniões, e todo um trabalho que irá consumir-me tempo mas que me irá enriquecer.

Ontem à noite recebi uma chamada do Egipto. Era o Ahmed! O meu grande amigo que conheci na Índia. Ficamos um bom tempo a contar as novidades. Perguntou-me de novo se sempre ia passar o verão à sua casa no Cairo. Vontade não me falta mas preciso de poupar para ir em Erasmus. Já tinha saudades de me rir com ele. É de facto gratificante receber chamadas destas. A distância e diferenças culturais não são nada. Continuamos grandes amigos. Uma portuguesa melhor amiga de um Egípcio. É de facto engraçado!


Estou feliz. Os passos que queria dar, já os dei. Agora é continuar a subir a escada em direcção ao meu objectivo. Nottingham Trent University.
Aposto na formação e no enriquecimento pessoal, de modo a ter a melhor candidatura, mas acima de tudo, conseguir crescer e aprender o suficiente para estar a altura de estudar lá fora.