quinta-feira, 30 de junho de 2011

Apresentação Cultural

Hoje foi o dia de fazer a minha apresentação cultural à AIESEC ISCTE. Fui mais cedo para a faculdade, para fazer uns ajustes com a minha parceira de viagem Valéria. Penso que correu bem. Foi importante para nos fazer pesquisar ainda mais sobre o sítio que nos espera (Índia, Delhi).
Confesso que aos poucos vou ficando nervosa, pois a Valéria vai já este domingo. E eu apanho o avião na . Contudo, a tarde foi passada a rir do que nos poderá acontecer, e até combinámos fazer um vídeo a dançar, em cada sítio que iremos visitar na Índia. Como por exemplo o Taj Mahal.
Já mandei mensagem para quem tratou do meu projecto na Índia a avisar quando chego, para eles me irem buscar ao aeroporto. Espero que respondam!
E como o dia foi marcado pela boa disposição, aqui vai o vídeo com que abrimos a nossa Apresentação Cultural. Enjoy It!

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Nostalgia

Os dias avançam rapidamente para o grande dia! Já só falta uma semana!
Já tenho a mala de viagem, a Catarina da minha turma do secundário emprestou-me a dos seus pais. Foi amor à primeira vista! A mala é mesmo como eu queria. Daquelas para acampar bastante grande, e tem uma cor super bonita: azul-turquesa.
Uma colega da minha irmã, a Neuza, esteve em Londres recentemente então tem o cartão que eu vou precisar comprar e carregar para viajar pelo metro e autocarros de Londres. Assim só gasto dinheiro a carregar o passe de um dia! (Vou fazer escala em Londres de um dia)
Hoje fui aos chineses comprar uns ténis do género montanha para levar e 3 pares de calças largas estilo indiano. Já soube que não convém usar calções por lá, e jeans também faz demasiado calor para tal, então levarei estas e depois compro o resto por lá!
Amanhã vou fazer a minha apresentação cultural na AIESEC ISCTE, com a minha companheira de viagem Valéria. Basicamente é um dos nossos primeiros deveres, onde o último será um relatório final do estágio.
Hoje foi a última vez que vi a minha irmã, pois ela vai já de férias. Deixou comigo um pacote de “Chocapic Go”. Sim, é nitidamente uma das coisas que não podia faltar na minha mala de viagem!
Imprimi um calendário para ir riscando os dias que faltam, para ver se começo a ganhar noção de que está perto. Porque continuo sem me sentir nervosa e ansiosa. Não queria nada guardar este género de sentimentos para um só dia. Acho que ainda não acredito no que consegui. Contudo, é inevitável a nostalgia que me envolve. Tudo o que faço, é como se fosse a última vez que o irei fazer. Desde palavras e gestos, a acções. Porque acredito que irei ter saudades do meu cantinho e das minhas pessoas, por isso quero aproveitar ao máximo a minha terra.

Conselho do dia “Vai pela sombra que lá faz calor” – By: Cunhado (despedida).

terça-feira, 28 de junho de 2011

Reflexão

Não acredito na rotina da vida. E se ela existe tentarei por tudo pôr-me à margem.
Nascemos, passamos a maior parte dos nossos anos de vida a estudar para ter um bom emprego e no fim, talvez criemos uma família, que irá seguir os mesmos fúteis passos, e morremos.
Eu não quero essa vida. Acredito que a vida é muito mais do que um Estado, uma Nação, um conjunto de regras, burocracias, notas, rotinas…Nasci dentro de um sistema e mal de mim se não tiver liberdade para sair dele.
Estudo porque tenho de me alimentar fisica e intelectualmente, e pode ser que assim consiga chegar a mais gente, e consiga dar a mão a quem necessita. Contudo tento a todo o custo não me esquecer que a vida é efémera e que há muito lá fora para descobrir.
Daqui a 9 dias chegarei à Índia. Um grande passo para a libertação da prisão ocidental.
Vou viver ao máximo esta experiencia, longe de tudo e todos. Apenas com uma mala às costas, seguirei sozinha pelos Aeroportos e irei fruir ao máximo tudo à minha volta.
Isto não será o fim. Acredito que num futuro próximo pisarei outras terras. Quem sabe se o Egipto.
Não sou mais do que ninguém para ter comida na mesa, um tecto, educação
Lutarei para que os outros possam ter o mesmo. Lutarei para descobrir qual é o propósito da vida. Lutarei para saber qual é o meu destino. Lutarei para ser livre.

"No, man. Alaska, Alaska. I'm gonna be all the way out there, all the way fucking out there. Just on my own. You know, no fucking watch, no map, no axe, no nothing. No nothing. Just be out there. Just be out there in it. You know, big mountains, rivers, sky, game. Just be out there in it, you know? In the wild.
You're just living, man. You're just there, in that moment, in that special place and time. Maybe when I get back, I can write a book about my travels. You know, about getting out of this sick society. Cause, you know what I don't understand? I don't understand why people, why every fucking person is so bad to each other so fucking often. It doesn't make sense to me. Judgment. Control. All that, the whole spectrum. Well, it just... You know, parents, hypocrites, politicians, pricks" - Into the Wild

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Um dia para esquecer

Daqui a 10 dias parto para a Índia e por isso decidi ir FINALMENTE à praia, aproveitando uma das melhores coisas que o meu País tem. Contudo, foi das decisões mais estúpidas do meu dia. Pois ao voltar da praia, vou a ver o meu telemóvel (que tinha deixado no carro) e tinha imensas chamadas dos meus pais. Acontece que hoje vieram cá uns senhores ver o nosso carro para o comprar. Pois bem, o meu pai está furioso e eu...completamente no fundo do poço. Só queria passar estes últimos 10 dias em paz, a viver ao máximo o meu País, a despedir-me de quem gosto, mas está a sair tudo furado.
O que vale é que daqui a uns dias vou-me embora e estarei 2 meses fora. Porque sinceramente não me sinto bem aqui.
É preciso ter azar, para no 1º dia que pego no carro para ir à praia, acontecer isto.
Ninguém merece.

sábado, 25 de junho de 2011

Mephaquin

Cada vez é mais difícil escolher um título para os meus textos. Por isso decidi por o nome do meu comprimido para a prevenção da malária. Isto porque tomei-o esta 5ª feira, e todos me falavam dos horríveis efeitos secundários, contudo não tive nenhum.
Eram 8h da manhã, comi e tomei o comprimido. Peguei no carro e fui treinar. Tive um treino completamente normal. Pensei sinceramente que me iria dar qualquer coisa, mas não. De tarde fui à Embaixada da Índia buscar o visto! E pronto, burocracias: CHECK!
E tolerância ao comprimido: CHECK!
Já comecei a por de parte as coisas que quero levar na mala.
Agora é que começo a cair em mim! Estou a viver dos momentos mais felizes da minha vida e ainda nem estou na Índia! Espero que não seja a última aventura, e que depois desta venham mais. Pois a vida é feita de riscos, objectivos, aventuras e sorrisos!

"Life is all about experimentation. The ones who dare are the ones who succeed." - Saatvik Sai.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Life is a Funny Thing

Andava apenas no 4º ano, quando duas senhoras foram ao meu ATL e me deram aquele papel a dizer "SIDA". Lembro-me de estar sentada com outra amiga e dizer-lhe que queria fazer algo relacionado com o tema. Ela sugeriu um cartaz com informações sobre a doença, contudo não me preenchia as medidas (apesar de pequena), e então sugeri que fizéssemos um peditório. Convenci os meus amigos, e começamos a pintar as nossas camisolas brancas e a pedir nas salas de aula. E toda a comunidade escolar começou a ficar envolvida. No fim, a minha mãe obrigou-me a ligar para a instituição e a ser eu a falar. E assim foi. Ganhei coragem e fui eu que liguei e falei para saber onde depositar o dinheiro.
Aqui na foto, foi o dia em que fui ao banco depositá-lo.

O mais engraçado disto tudo é que daqui a 2 semanas, irei para a Índia, e vou trabalhar num projecto sobre a SIDA. A vida é mesmo engraçada!

Sinto orgulho na pessoa que fui e na pessoa que sou hoje. Pois apesar de os anos passarem, não deixei as boas acções ficarem apenas no passado. E tenho a certeza que a pequena Mónica que tenho ainda em mim, está muito feliz e orgulhosa por tudo isto.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Poetry

Encontrei este poema feito por mim o ano passado. Achei interessante colocar aqui, pois se tivesse de explicar o porquê de ir à Índia, este poema seria a resposta.

Sinto necessidade de fazer algo mas não sei o quê.
Quero mover o mundo não me perguntes porquê.
Preciso de tirar as vendas ao mundo
Preciso de o por a respirar liberdade
Não quero viver num sitio imundo,
Banhado de falsidade,
sujidade psicosocial,
consumista animal.

Abro os olhos e só vejo miséria
Eu não nasci para assistir a esta tragédia.
É dia de mudar, de fazer algo por nós
Pela mãe, pelo pai, pelo tempo dos avós.
Somos o presente e o futuro
Que pode derrubar o muro que nos aprisiona
um pouco mais de ti, esquece o que te condiciona

Liberdade, Liberdade, Liberdade
Respira fundo vem aí a Liberdade.
Liberdade, Liberdade, Liberdade,
Abre os braços vem aí a Liberdade.

Somos todos jovens, com altas aspirações
Uns querem ganhar tostões e outros a dignidade
Mas muitos se afogam no mar da falsidade.
Perdemos tempo a tentar ganhar dinheiro
Mas quando morremos, fica cá o porco mealheiro.
Nada levamos connosco pois o que construímos é material
Nada deixamos ao mundo se não a palavra “superficial
”.
Se nos deram a vida, então toca a viver
Dá mais do que recebes e feliz irás morrer.
Pois destes ao mundo mais do que economia
Deste a mão e fizeste de um sorriso a supremacia.



Vale de Gato, Mónica.